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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ótima interpretação de texto!

Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:

'Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação :

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'

A Vestibulanda ganhou nota DEZ: pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes, e também foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vida de aposentado



Foi uma questão de apenas dez minutos...

Quando saí, um policial já estava preenchendo uma multa por
estacionamento indevido.

Rapidamente, me aproximei dele e lhe disse:

- Vamos lá, seu guarda, eu não demorei mais que dez minutos...! Deus
irá recompensá-lo se tiver um pequeno gesto de consideração para com
um aposentado...

Ele me ignorou completamente e continuou a preencher o formulário.

A verdade é que me impacientei um pouco e lhe disse que devia ter
vergonha pela desconsideração.

Ele me olhou friamente e, sem titubear começou a preencher outra infração.

Então eu levantei a voz para lhe dizer que já tinha percebido que
estava lidando com um tira insensível e que eu nem compreendia como é
que ele tinha sido admitido na polícia de trânsito...

Ele terminou a segunda infração, colocando-a no para-brisa, e começou
a preenchir uma terceira infração.

Eu já o estava argumentando há mais de 20 minutos, chamando-o de tudo,
desde babaca a escroto.

Ele, a cada insulto, respondia que era uma nova infração minha e,
consequentemente, preenchia mais uma multa, acompanhada de um sorriso
que refletia sua inteira satisfação de "otoridade sádica"...

Depois da décima infração... eu lhe falei:

- Nada mais a dizer, tenho que ir embora... Ali vem meu ônibus!

Desde que me aposentei que estou testando minhas habilidades para ir
tendo um pouco de diversão gratuita. Na minha idade, tenho que fazer
alguma coisa... para não me entediar, não é mesmo?
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